Muito respeitada Ex.ma Sr.a Presidente da Câmara Municipal de Silves;
Não sei com quanta frequência você costuma de vir à freguesia de Armação de Pêra a conhecer ali todos os problemas que houverem. Costuma de vir ou espera os problemas de serem contados?
Hoje vou a contá-lhe um problema que talvez ainda não conheça. Estou a vir a Armação com frequência de 2007, e a situação é a mesma. Pelo tanto, não sei se é mais muito velho.
No lugar ao fronte onde hoje situa-se o conhecido comércio Pingo-Doce, e pelo tanto um lugar por onde passam tantas pessoas a todas horas ao longo do ano, há duas obras fracassadas, mesmo ao estado dos alicerce.
Na foto-satélite do Google-Maps pode apreciar-se o estado da zona no 2009, quando as obras da zona estavam apenas começadas.
Uma pessoa qualquer que vá hoje ao Pingo a fazer as compras, pode ver apenas o esqueleto oxidado da base dos edifícios e dos enormes gruas que ficaram ali quando a companhia disse não posso seguir, nem para desmontar as gruas.
Mas as gruas ficaram. Dia e noite. Pode vê-las na foto? Hoje são com frequência lugar de repouso para as gaivotas.
Sei que sabe que todos sabemos o que é a oxidação dos materiais de ferro, mesmo quando está reforçado. Sei que sabe que todos sabemos que a estrutura está a degenerar, pouco a pouco. Sei que sabe que todos sabemos que o lugar está numa área de risco sísmico elevado, por exemplo (pode olhar o mapa). O conjunto de dos gruas abandonadas há anos, situadas sobre um área onde o passo de pessoas é muito frequente, numa área sísmica, parece prefigurar uma tragédia.
Provavelmente a situação legal é confusa. Após a falência dos donos, nenhum sabe quem é hoje o dono de terreno e quem tem responsabilidades sobre as gruas. É per isso que daqui quero dizer que o poder público tem a responsabilidade de agir antes do que tenhamos que lamentar uma tragédia.
É graça que solicito de você.
Deus conserve a você muitos anos.